segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ciclo



É estranho este sentimento, mas sei definí-lo bem.
Mas é mais estranho a dúvida que surge em minha mente e a sensação de que talvez ano que vem já não seja mais o mesmo. Quer dizer, não será.
Porque eu fecho um clico da minha vida. 
Não será mais as mesmas pessoas com quem convivi três anos e isso me assusta.
Sim, estou assustada diante do que a vida me aguarda. 
Estou assustada porque não estou preparada para ser adulta por mais que eu falasse para mim milhões de vezes o quanto esperava para me virar sozinha.
Mas dá um aperto no peito porque foi muito rápido, mas creio que foi bem vivido e aprendi muitas coisas.
É só que eu não queria que acabasse, não queria que tivesse fim, não queria ter que pôr um fim.
Quanto mais a data do fim se aproxima, eu fico mais assombrada e medrosa. Minhas lágrimas caiem cessamente, caiem da saudade antecipada, da distância antecipada. De tudo antecipado e o desespero de o futuro não ser do jeito que planejo, almejo. 
De eu criar tantas expectativas, tanta autoestima e desmoronar diante de tanta dificuldade, muros, castelos e pessoas que me impeçam de seguir em frente os meus sonhos.
Irei aprender ano que vem a ser mais forte, a ser mais determinada e me focar cem por cento no que eu quero, mas não consigo para de olhar para trás. O passado tão confortante, o que demorei para conquistar e ser. 
Ano que vem terei que conquistar mais um espaço. Mas e se...?
Esse "e se" fica constante na minha cabeça e sei que tenho que parar com isso. E não pensar, apenas agir de acordo com minha intuição. Sim, a nossa intuição é a nossa ferramenta para seguir a nossa vida.
Mas sempre terá alguém para opinar e o pior, destruir isso te falando que é incapaz de tal coisa e isso me desanima que encontrarei pessoas invejosas e destruidoras de sonhos só porque não conseguiu o seu sucesso.
Eu sei, eu sei. Eu sei tudo, afinal sou sábia-tudo como minha mãe diz. Sei que o resultado só cabe a mim, exatamente nas minhas escolhas, nos caminhos que sigo e nas opiniões que acredito ser mais coerente diante da situação futura.
Mas eu estou assustada como uma menininha. Pela primeira vez, eu estou com medo de crescer.
Estou com tanto medo de crescer...

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

sábado, 8 de setembro de 2012

Amor


Vamos mudar isso aqui. Já que você não me entende e não percebe os sinais.
São tão fáceis de serem decifrados. Está tão na cara que estou na sua.
Eu quero você, eu quero sentir você.
Eu te irrito, implico, brinco porque gosto da sua cara quando fica irritado ou quando brota um sorriso tão lindo.
Ah! O seu sorriso é o suficiente para completar o meu dia. Os seus olhos aos meus. Suas mãos cruzando aos meus.
Quando eu finalmente tomei coragem e toquei meus lábios aos seus, provando o seu gosto, eu estava te mostrando que eu quero ficar ao seu lado todos os dias, acordar ao seu lado e mais do que tudo te fazer feliz.
Me deixa te fazer feliz, te amar?

Você não sabe o quanto que eu penso em você. Não sabe como é dormir pensando em você dormindo de conchinha comigo. Não sabe quantas vezes sonhei com isso. Deixa eu realizar.

EU TE AMO!
Não sabe o quanto eu queria te dizer isso, ficava com medo da sua reação. Mas resolvi me entregar. É tudo ou nada.

 Então, vem.
Estou te esperando bater na minha porta e dizer que quer ficar comigo.

Amor racional



Tem tanto tempo que não venho aqui, tanto tempo que não venho visitar meu coração.
Passou tempo demais e eu esqueci de perceber que já não pensava com coração e sim de acordo com meu grau de carência. Não sinto mais aquele amor, aquela paixãozinha boba de quando eramos adolescentes.
Eu perdi essa essência. Eu vejo as pessoas como pessoas, como um nada.
Não consigo sentir um frio na barriga quando fico perto de um cara ou o acelerar dos batimentos cardíacos.
Minhas mãos não tremem, minhas bochechas não mais ficam rosadas. Parece que eu perdi o amor.
Ou será que o amor não veio mais até a mim?
Eu estou sentindo falta desse fogo. Eu quero que alguém reacenda essa paixão que anda tão bem escondida.
Eu quero alguém para chamar de "meu", mas "meu" com amor, com carinho e não "meu", por ser só mais um "meu".
Mas não quero que me deixe louca, que me faça perder a cabeça, o sono, a respiração. Eu sem querer, bem no fundo, tenho medo de amar. Tenho medo de me entregar e sofrer.
Sei que sofrer faz parte do processo de crescer, amadurecer e encontrar sua felicidade. Sei que faz parte de tudo e que é inevitável. Tenho impressão que por eu ter tanto medo que eu acabei bloqueando meus sentimentos, bloqueando de uma tal forma que eu nem sei como fiz isso. Foi automático.
Então, que venha amor de mansinho. Não amor suicida, mas amor com razão.
Amor que você sinta feliz por estar ao lado do seu amado, mas não cegamente apaixonado que não consegue imaginar sua vida sem ele.
Eu quero um amor de verdade e que dure o tempo necessário para ser inesquecível.
Eu quero amor racional.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012



Meu defeito é querer mudar o mundo, mudar para melhor. E também as pessoas.
Quando vejo uma pessoa cometendo um tal erro, eu fico indignada. Eu explico, eu aconselho, eu falo o que é certo. Mas o meu defeito é achar que o que é certo pra mim é certo para outras pessoas.
Eu esqueço que cada um tem sua forma de pensar, tem sua forma de ver o mundo.
E eu sinto necessidade de mudar esse pensamento se eu achar que é ruim, porque no fundo a vida não é tão ruim assim. O defeito das pessoas está em só ver o lado ruim das coisas, em se fazer de vítima. Em vez de se levantar e seguir em frente. Em vez de sorrir e tentar ser feliz.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Desejo


Às vezes dá vontade de ser louca. Porque se vai fazer algo indevido, você é louca. Se vai fazer algo que ninguém faria, você é louca. 
Então, é isso que eu quero fazer. Largar essa rotina. Mas o que fazer? Colocar bombinha e falar que é tiro? Dá um susto em alguém distraído? Declarar?
Isso é tão simples, eu quero mais. Eu quero um louco comigo. Mais um louco é mais diversão, mais risadas e histórias que podem ser compartilhadas. Porque fazer tudo sozinho é um saco e contar isso pra alguém vai falar que é mentira.
Então dois loucos fazendo loucuras. Dois loucos ultrapassando limites e inventando um atrás do outro. Sem parar. Sem descansar. Sem pegar um fôlego.
Mas onde encontrar esse louco? Será que existe alguém corajoso? Capaz de fazer coisas sem pensar nas consequências?
Porque a cada dia que passa eu vejo mais gente normal, mais gente sem sal e sem açúcar. Caindo na rotina, preocupado em pagar contas do mês, trabalhando como se aquilo fosse a vida dele. Em vez de desfrutar um pouco. 
Verdade de que todos nós precisamos de dinheiro pra pagar tudo. Mas também precisamos de tempo pra renovar. Tempo para pensar em que tudo foi vivido e se é que foi vivido.
E como eu não tenho mais um louco para isso, fico no desejo e na ânsia de esperar alguém que seja. Alguém que aproveita a vida no máximo e achar que nada é impossível. Ah! Como isso seria perfeito…